Apesar das dificuldades físicas momentâneas, a pedido de um conhecido relativamente recente, fui ao seu escritório para conversar com um amigo que com ele tinha vindo de Portugal.
Este meu conhecido é alguém que me merece consideração! Para além de ser um empresário de uma respeitável idade, sempre que buscou a minha companhia, se mostrou muito cordial, respeitoso e afável! É uma pessoa ainda agora muito ativa, de origens humildes chegou ao topo na sua área de atividade. Procura inteligentemente, agora na parte final de sua vida, aproveitar os poucos prazeres que dela retira, de uma forma coerente e responsável. Próprio de uma pessoa tão ativa é a sua impaciência! A dele é proverbial!
Em princípio tínhamos marcado o encontro para depois do almoço, mas como me sentia relativamente bem e de tarde passava o Itália/França na TV, propus por minha sorte, que fosse antecipado para antes do almoço!
A razão que o levou a pedir a minha presença, segundo ele, tinha a ver com o fato de eu “estar ligado à energia eólica”, que era uma área de interesse do tal amigo! Ora eu estou longe de ser um especialista nesse domínio, o pouco que sei, tem a ver com a circunstância de ter um pequeno investimento nesse setor e de eu o procurar acompanhar de tão perto quanto possível. De qualquer forma, fiz uma rápida atualização desses poucos conhecimentos, preparando-me para poder manter uma conversa inteligível e útil!
Cumprimentado o anfitrião, apresentado às funcionárias e ao tal amigo, preparei-me para escutar as dúvidas ou questões que pudessem existir! Pois bem, logo após o aperto de mão, fui bombardeado, esmagado e vencido, por uma catadupa de informações! A completa experiência profissional, pessoal e acadêmica, foi-me debitada a uma velocidade estonteante! Lá para o final surgiram algumas declarações sobre uma vaga intenção de dar início a um projeto em África. Pelo canto do olho fui observando o ar de alívio do meu conhecido, por ter alguém, mesmo que só por alguns instantes, que pudesse concentrar a atenção do “Sr. Engenheiro” e assim dar-lhe a ele alguma tranqüilidade. Fui insistentemente convidado para acompanhá-los no almoço e continuar com a conversa. Resisti bravamente com adequadas desculpas, despedindo-me com a pressa do atraso para outro, desta vez fictício encontro!
Já no carro, procurei entender o que se tinha passado. Não me fora colocada nenhuma questão, não me fora feito nenhum pedido!
Por agora fico com a idéia, de que aquela terá sido uma tentativa do meu esgotado conhecido, para alargar os contatos sociais do seu amigo, obtendo para si, alguma distancia e tranqüilidade! O tal engenheiro é mesmo um grande, grande chato!
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