domingo, 1 de março de 2009

na sua sombra,
eu vejo,
as sombras do meu desejo!

nos limites
da conveniência
e do suportàvel,
me vejo
e revejo todos os que,    
no medo de amar
e da solidão,
por compulsão,
seguem o seu caminho
sem escolhas,
até ao fim!

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

"Reminiscências do carnaval

 

Ao toque da tua mão todo meu corpo responde. Maestralmente, sinto o arrepio na pele e quando essa sensação chega à nuca fecho os olhos e o calor do teu corpo junta-se ao meu, numa perfeita harmonia de movimento e energia que se espalha e invade o universo.

 

 

ORION".

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Racionalizando a Paixão

É engraçado perceber a ação dos hormônios influenciando nas atitudes das pessoas seja no momento de uma explosão de raiva, alegria ou surpresa, mas principalmente as que estão vivenciando uma paixão.

A convivência com amigos íntimos nos possibilita esta observação. O comportamento da pessoa apaixonada muda de uma forma tão óbvia e clara, a atenção se centraliza num outro fixamente, acabando por embotar o bom senso, os valores, a noção de estética, o tempo, e até os conceitos e preconceitos  perdem sua força e coerência nos julgamentos.

Participar deste momento de outra pessoa é enriquecedor no sentido de crescimento e autoconhecimento, pois nos permite melhor entender as diferentes nuances do ser humano quando tomado por "elevadas doses hormonais". Não obstante devemos reconhecer o quanto é agradável estar próximo de tais pessoas aproveitando a leveza, distração, criatividade e a beleza que emana. Por isso a sensação agradável dos que estão à volta.

O afastamento do grupo de origem em decorrência da dedicação exclusiva ao outro é também notório. Resta-nos, então, torcer por uma feliz experiência.

Estar fora da situação permite racionalizar a questão.


Orion

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

loucura e insensatez

Podemos dizer que toda loucura trás em si uma profunda insensatez, mas  nem  toda atitude insensata é uma loucura.  Esta livra o indivíduo do seu próprio julgo, enquanto aquela leva à reflexão.

O insensato percebe sua incoerência, mas defende-se quando é confrontado com a realidade esquivando-se da tomada de consciência, buscando justificativas ou apenas não ouvindo os apelos do Outro.

O louco não se percebe insensato (exceto nos raros momentos de lucidez), não tem o incomodo desse comportamento, encontra-se numa posição aquém desta percepção. E o Outro compreende bem isso.

O difícil é compreender o insensato!


orion

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

"pididus"!

Extraordinariamente publicamos carta de um leitor, abrindo assim mais um espaço de interatividade, dando ao mesmo tempo satisfação a uma solicitação práticamente irrecusável!

Bua tardi, a pidido di meu padinho, Coronéu Epitáfio, de Jacarecanga, qéru dizé a vósmicês o siginte;
O fiu da cumádi Jácinta, viu lá nu cômputdô, qui vòsmicês diserão qui a prupridádi, diviria têrminá!
pouis o COroné quandu hôviu ficô pasandu mau!
Ficõ brabo qui sóo! ( si essi fiu dá putá viér pur ca, vai pegá chumbu}?
(meú fiu, pédi prá essi cornu prá ti dá a mourádá e mamdó Zézé e u Záqeu, pruma visitá! Dis qui vái levá um qilo di cámárao? dis prá butá a cárta lá nu cômptadô, sinao!
e dis qui prá ficá cun mias térras vai tê qui sê cabra muto machô mermu.

Á rogu ia pididu du COrónéu, au seu servissu,  Zinfrónio,

NOTA DA REDAÇÃO!

DANDO SEQUÊNCIA À  NOSSA ASSUMIDA VOCAÇÃO DE DESCOBERTA E DIVULGAÇÃO DE NOVOS VALORES, ASSINALAMOS A PARTIR DE ONTEM, O ÍNICIO DE COLABORAÇÃO DE UM NOVO AUTOR!
AUGURAMOS UM BRILHANTE FUTURO LITERÁRIO, PARA ESTA JOVEM PROMESSA!

A REDAÇÃO 


quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Observâncias....


Fecho os olhos e me transporto para aquele ambiente de encontro, onde os olhares são sempre as primeiras expressões das mais diversas formas de busca: de encontro, de desencontro, de aceitação, de desdém, enfim, de sinergia dirigida à busca incessante da alma humana de preencher o vazio.

Descrever este ambiente é falar de emoções e afetos leves e profundos, fortes e profanos que permeiam cada Ser ali circulante, entre as idas e vindas através dos diversos espaços delimitados pela ordem dos objetivos que de muitos (Seres) se tornam poucos em diversidade, facilitando a marcação das fronteiras. E nisso você percebe que até o banheiro se torna não somente depositário do alívio, mas o culpado pelo destino de muitos, ao ser usado como álibi para uma paquera "despretenciosa".

Movimento intenso, inquietação nítida, entre uma bebida e outra, uma conversa e outra, percebe-se ao final da noite o "bater em retirada", mas certamente retornando e aliviando parte dessa energia que impulsiona a busca.

E a noite passa a ser essa criança que não dorme nem acalma, mas contribui para momentos prazerosos de achados e perdidos.


Orion


domingo, 25 de janeiro de 2009

FILOSOFANDO..... (da propriedade)

A origem da riqueza está inquestionavelmente relacionada com a propriedade de terras!
Estou-me referindo sobretudo ao princípio, quando tudo começou....
No global e complexo mundo atual, o acumulo de riqueza, apesar de no inicio dos inicios ter tido a mesma origem, teve variações múltiplas, conforme o regime político, a engenhosidade e a "falta de vergonha"!
Éticamente, continua questionável a legitimação da apropriação indevida da propriedade! Se por um lado entendemos que essa legitimação é fundamental, em nome da "estabilidade e progresso sociais", ela desde sempre cristalisou um "status quo", digamos que perpetuou  um desiquilibrio de direitos, conquistados quase sempre pela força da força e esteve na base de toda a estratificação social!
Pois bem, o que se pretende questionar, é "o inalianável direito à propriedade física da terra"! 
Desde sempre, a grande maioria das sociedades sobreviventes, considerou esse direito como um dos alicerces civilizacionais, princípio inquestionável, que se não existisse, decerto conduziria à anarquia, ao apocalipse e ao "fim do mundo"!

Em tempos de dissolução das tradicionais doutrinas políticas, da séria confirmação dos incontroláveis riscos do especulativo neoliberalismo, da provavel incapacidade de reforma e regeneração do "establishment", no mínimo temos de nos questionar!!!
A história também nos mostrou os limites e a inviabilidade dos vários modelos totalitários baseados na socialização dos meios produtivos!
O caminho permanece, no reconhecimento das vantagens do "estado regulador", numa sociedade de "wellfare" modernisada, de padrões próximos aos dos suecos de há 40 anos atrás! Mais liberal na dinamica económica, mais socialmente responsavel, protegendo os direitos dos mais fracos e se protegendo dos excessos dos mais fortes!

Se assim é, de acordo com as exigencias de maior responsabilidade e mais ética, de virtuais líderes dos novos regimes decorrentes da atual crise, pois a meu ver é disso que se trata, de uma crise de regime, poderemos num exercício de ciência política e como contribuição para um debate cívico alargado, sobre o novo modelo civilizacional, que não existe nem por parte da sociedade civil em geral, nem pelos seus agentes, (quer os académicos, quer os políticos), propôr a seguinte reflexão:
Que tipo de sociedade resultaria na sequencia de tornar pública, a propriedade de todas as terras?
Os atuais proprietários ficariam com o direito de posse, por um período longo, mas limitado, de acordo com a utilização responsável desse bem, da terra!
O DIREITO À PROPRIEDADE, SERIA SUBSTITUÍDO PELO DE SUA UTILIZAÇÃO RESPONSÁVEL!
Sem demagogia, sem a esclerosada rigidez dos modelos socialistas, que Deus os tenha em Paz!
 
 

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

o que fascina 
                         o peregrino
                                              é o destino
                                                                  ou será o caminho

terça-feira, 11 de novembro de 2008

DEVASTADOR...

ao acordar cedo, enquanto a secretária não chegava, fiquei entretido no zapping, explorando os novos canais que a tv digital recém instalada proporciona!
o hbo, que tem mesmo uma programação diferenciada em qualidade, estava a passar o PRETTY WOMAN, aquele velho filme no auge da julie roberts e do richard gere. eu acho que nunca o tinha visto todo, sabia da história, tinha assistido a várias partes, mas nunca na totalidade!
a versão de então da cinderela, continuou a ter um profundo efeito em mim! é daqueles filmes cujo enredo lamechas, "romanticopopulareco" por demais, me transporta para o seu interior, sem a menor dificuldade e me trás de imediato as mesmas vivencias emocionais dos personagens!
acho que em grande parte se deve ao extraordinário desempenho dos protagonistas!
espero que seja isso!
e se não é?...
será.....
a capacidade de redenção de todos?...
que os belos milionários e as pobres e gostosas putas também têm direito a se apaixonar?...
porque não sou eu aquele filho da p... daquele milionário?...