domingo, 25 de janeiro de 2009

FILOSOFANDO..... (da propriedade)

A origem da riqueza está inquestionavelmente relacionada com a propriedade de terras!
Estou-me referindo sobretudo ao princípio, quando tudo começou....
No global e complexo mundo atual, o acumulo de riqueza, apesar de no inicio dos inicios ter tido a mesma origem, teve variações múltiplas, conforme o regime político, a engenhosidade e a "falta de vergonha"!
Éticamente, continua questionável a legitimação da apropriação indevida da propriedade! Se por um lado entendemos que essa legitimação é fundamental, em nome da "estabilidade e progresso sociais", ela desde sempre cristalisou um "status quo", digamos que perpetuou  um desiquilibrio de direitos, conquistados quase sempre pela força da força e esteve na base de toda a estratificação social!
Pois bem, o que se pretende questionar, é "o inalianável direito à propriedade física da terra"! 
Desde sempre, a grande maioria das sociedades sobreviventes, considerou esse direito como um dos alicerces civilizacionais, princípio inquestionável, que se não existisse, decerto conduziria à anarquia, ao apocalipse e ao "fim do mundo"!

Em tempos de dissolução das tradicionais doutrinas políticas, da séria confirmação dos incontroláveis riscos do especulativo neoliberalismo, da provavel incapacidade de reforma e regeneração do "establishment", no mínimo temos de nos questionar!!!
A história também nos mostrou os limites e a inviabilidade dos vários modelos totalitários baseados na socialização dos meios produtivos!
O caminho permanece, no reconhecimento das vantagens do "estado regulador", numa sociedade de "wellfare" modernisada, de padrões próximos aos dos suecos de há 40 anos atrás! Mais liberal na dinamica económica, mais socialmente responsavel, protegendo os direitos dos mais fracos e se protegendo dos excessos dos mais fortes!

Se assim é, de acordo com as exigencias de maior responsabilidade e mais ética, de virtuais líderes dos novos regimes decorrentes da atual crise, pois a meu ver é disso que se trata, de uma crise de regime, poderemos num exercício de ciência política e como contribuição para um debate cívico alargado, sobre o novo modelo civilizacional, que não existe nem por parte da sociedade civil em geral, nem pelos seus agentes, (quer os académicos, quer os políticos), propôr a seguinte reflexão:
Que tipo de sociedade resultaria na sequencia de tornar pública, a propriedade de todas as terras?
Os atuais proprietários ficariam com o direito de posse, por um período longo, mas limitado, de acordo com a utilização responsável desse bem, da terra!
O DIREITO À PROPRIEDADE, SERIA SUBSTITUÍDO PELO DE SUA UTILIZAÇÃO RESPONSÁVEL!
Sem demagogia, sem a esclerosada rigidez dos modelos socialistas, que Deus os tenha em Paz!
 
 

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